terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Padrões


     Desde pequena, sempre tive problemas em aceitar e me adaptar com os padrões impostos pela sociedade. O 'diferente' ou 'inusitado' sempre me chamou mais atenção. Nunca gostei de ser aquela menininha apagadinha, que tinha que ir pra escola de rabo de cavalo, uniforme, com uma lancheira simplesinha, material escolar simplesinho e tudo mais "inho".
Acreditava em bruxas. Não essas bruxas velhas e feias com verrugas no nariz, que fazem o mal. Mas sim as bruxas boas, que cuidam da natureza e trabalham com as forças benéficas da mesma. Nunca me adaptei com regras. Nunca me senti bonita, em nenhum momento, e isso seguiu até a adolescência, onde tive problemas sérios de relacionamento e nunca ficava com os meninos porque eu era a mais feia das minhas amigas, ou talvez fosse a mais sem graça... mas acho que a palavra era 'feia' mesmo.
     Me chamavam de 'viajante' porque eu sempre sonhei alto. Minhas idéias ou conselhos soavam como piada, ou simplesmente não recebiam atenção. Até que depois se descobria que eu tinha razão (até hoje acontece tudo isso). O fato é que eu nunca fui uma guria como as outras, mas sempre fui reprimida pelos padrões da sociedade.
    No meu primeiro emprego efetivo, fui demitida por não obedecer os padrões. Sempre pensei "Não é possível! Tem que ter um jeito de ficar rica, sem precisar trabalhar feito uma condenada, obedecendo um chefe e um horário." Até hoje, acho um absurdo ter que levantar cedo quando a vontade é dormir até o meio dia, perder horas preciosas da minha vida, fazendo algo que eu não gosto, e o que é pior, ganhando MUITO pouco, suficiente pra me endividar e continuar insatisfeita sem liberdade pra nada. Agora que comecei a me educar financeiramente, descobri que mais uma vez, eu sempre estive certa. E que é possível construir um mundo melhor se todos tiverem essa educação. Educação que não se aprende na escola, nem na faculdade, mas que deveria ao menos ser ensinada em casa, se nossos pais tivessem aprendido.
     Sei que não tenho como mudar o mundo, mas ainda assim, não desisto de tentar. Por isso, vou dar um conselho valioso pra todomundo: Leiam o best seller "Pai Rico Pai Pobre". Se já leu, lê de novo, acredita em mim.
"SHELBY! MAS O QUE TU QUER DIZER COM ESSE POST?" Quero dizer basicamente: Fujam dos padrões! Fujam da rotina, da mesmice. Não abaixem a cabeça pra ninguém, se tu sabe que tá certo, vai até o fim no argumento. Não tenham medo de arriscar, de perder o emprego, de perder um 'amigo'. A vida é tão curta, que não vale a pena se prender numa rotina ou algo que não te faça feliz. 

Aproveita que o conselho é de graça.